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3 Objetivos da Arquitetura de Informação
Definir a arquitetura da informação pode ser um desafio, mas discutir o bem que ela faz não é assim tão difícil. Ao ensinar Arquitetura de Informação, começamos por explicar os seus objetivos, que se resumem a permitir três coisas:
- Capacidade de descoberta (Findability)
- Compreensibilidade (Understandability)
- Utilidade (Utility)
Os três complementam-se e influenciam-se entre si.
A Capacidade de descoberta (Findability) consiste em tornar as coisas mais fáceis de encontrar - ou seja, tornar possível satisfazer as tuas necessidades com informação a que possas aceder.
Interagimos com muita informação todos os dias. Algumas são de fácil acesso. Por exemplo, sabes com quem te vais reunir às 10 da manhã porque o escreveste no teu calendário. O teu calendário é a "fonte da verdade" relativamente aos compromissos baseados no tempo.
Outras coisas não são tão fáceis de encontrar. Podes não saber onde está algo, como se chama, ou mesmo se existe. Podes ter experienciado isto se tentaste obter o presente perfeito para um colega: quando começas com uma ideia, tens uma vaga noção do que estás à procura. Tornas-te um melhor pesquisador à medida que avanças - mas é preciso algum esforço.
A Compreensibilidade (Understandability) consiste em dar sentido às coisas - ou seja, integrar de forma útil novas informações nos teus modelos mentais.
Podes ter encontrado muitas coisas, mas o significado (para ti) pode não ser claro. Para que um conceito faça sentido, deves relacioná-lo com outros conceitos que já compreendas. Os sistemas com os quais interages podem tornar isto mais fácil ou mais difícil.
Por exemplo, um website de compras pode permitir-te ordenar os produtos por categoria ou preço. Qualquer um dos dois pode ser útil, dependendo do que se pretende fazer. Mas a chave é que já compreendes as categorias e intervalos de preços disponíveis; caso contrário, não poderás escolher de forma inteligente.
O contexto desempenha um papel essencial na compreensão. Tu compreendes as coisas de forma diferente, dependendo do local e da situação em que as encontras. A lista exata de artigos significará coisas diferentes, dependendo se a vês numa loja online ou num restaurante, por exemplo.
A Utilidade (Utility) é o mais recente dos três objetivos da arquitetura da informação, no sentido em que é fácil tomar como uma certeza por ser tão fundamental. Mas vale a pena chamar a atenção.
Tornar as coisas mais fáceis de encontrar (encontrável) e de compreender (compreensível) não é muito bom, a menos que crie valor para alguém. A utilidade é perguntar: para que serve isto em última análise? Qual o propósito da informação?
A maioria dos UX Designers pensa de forma demasiado simples: estão concentrados em tornar os artefactos ao nível da tela mais utilizáveis ou dinâmicos. Não são incentivados a ter uma visão de conjunto: como a experiência possibilitada pelas telas, itens de conteúdo, escolhas de navegação, ou o que quer que seja, promove os objetivos da empresa e do negócio.
A arquitetura da informação funciona a um nível superior de abstração: trata de distinções e relações entre conceitos. Como tal, é bem apropriada para explorar a intenção estratégica.
Entente um pouco melhor o trabalho de um arquiteto de informação neste artigo:
Capacidade de descoberta, compreensibilidade e utilidade - a arquitetura da informação gera os três. Mas como? Criando ordem - ou seja, organizando a informação de forma particular ou fornecendo os meios para que as pessoas o façam elas próprias. Mas a ordem não é um objetivo em si - está ao serviço de fazer melhores escolhas, coletiva e individualmente.
É isso que a informação útil permite: melhores escolhas. Em última análise, a arquitetura da informação cria clareza para que as pessoas possam usar o teu produto melhor, de forma mais eficiente, ao fazerem melhores escolhas.
Arquitetos de Informação (ou UX Designers com essas funções) regularmente têm a tarefa importante de ajudar a categorizar informação. É como se estivesses a organizar peças de baldes de peças LEGO por formato, por função, etc. Em que balde vai o quê?
Este tipo de tarefas requer colaboração estreita com UX Writer e Content Strategists, especialmente quando relacionado com grandes conjuntos de conteúdo que precisam de ser adotados por diferentes audiências com necessidades diferentes.
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Written by
UI Designer | Co-Founder e CX/Product Manager na TheStarter (LinkedIn)
